Não, você não é diferente dos outros
Pra você não passo de Sucubus que te deixa doido

Mas, nas minhas fantasias, te desenho como quero
Não te pinto um pequeno anjo barroco, rechonchudo de bochechas rosadas e cachinhos de ouro
A ti desenho qual serafim esguio de longos cabelos louros, quase élfico

Não, você não era diferente dos outros
Mas preferi escrever apenas sobre Chico a beira lago
Invés de incluir suas mãos que ousavam passear de forma invasiva onde não deixava

Não, você não era diferente dos outros
Mas preferi celebrar as árvores que citar as cem vezes em que disse não, ali não

Não é diferente dos outros
Sou pra ti apenas Sucubus que te deixa doido
Mas te idealizei como quis
Porque nos meus sonhos ficaste mais lindo assim

A ti idealizei absorvendo apenas o que fez bem pra mim
Estás nos meus sonhos e ali o vejo como quero

Não é diferente dos outros, mas desejei muito que fosse

Em todos esses sonhos, algo certamente foi real
O dossel vermelho
Este não criei, e dele não abro mão

Entre dosséis vermelhos me perdi e me entreguei
Porém, fora dali, nunca mais te encontrei